Confira a programação do Festival FALA! 2023
Recife vai receber a 4ª edição do Festival FALA! Comunicação, Cultura e Jornalismo de Causas durante os dias 21, 22 e 23 de setembro. O evento acontece no Centro Cultural Cais do Sertão e tem o objetivo de promover o debate sobre o futuro do jornalismo e seu papel na sociedade a partir da perspectiva popular, tendo a diversidade cultural e de saberes como premissas. A participação no festival é gratuita com inscrições disponíveis no Sympla.
O festival busca discutir como a potencialidade de linguagens presentes no cotidiano pode melhorar a comunicação e deixá-la mais diversa. Precisamos trazer para a discussão as diferentes linguagens do cotidiano, como slam, cordel, literatura, teatro, música, modos off-line (carros de som), entre outras linguagens pouco aproveitadas para informar.
Serão três dias de mesas, oficinas, rodas de conversa e atrações artísticas. Confira a programação completa:
PROGRAMAÇÃO GERAL
21/09 | Quinta-feira
17h30 – CREDENCIAMENTO
18h30 – INTERVENÇÃO ARTÍSTICA – Isaar
18h45 – ABERTURA DO FESTIVAL FALA!
19h00 – MESA DE ABERTURA – Notícias de uma poética preta e periférica: uma homenagem a Miró da Muribeca
20h30 – INTERVENÇÃO ARTÍSTICA – Afoxé Omô Nilê Ogunjá
22/09 | Sexta-feira
10h00 – INTERVENÇÃO ARTÍSTICA – Siba Puri
10h15 – MESA – Comunicação e ancestralidade: memória e linguagem para a transformação
11h45 – SESSÃO OPORTUNIDADES – Google, com Natália Mazotte
12h00 – Pausa para almoço
14h – OFICINA – Histórias visuais: a comunicação em movimento
14h – OFICINA – Jornalismo e outras formas de contar histórias
15h45 – INTERVENÇÃO ARTÍSTICA – Bione
16h – MESA 2 – Incidências climáticas: meio ambiente e direito à vida em pauta
17h45 – RODA DE CONVERSA – Questões Identitárias ou Estruturais? O que pode o jornalismo de causas
19h30 – INTERVENÇÃO ARTÍSTICA – Jornada de MCs
23/09 | Sábado
10h00 – INTERVENÇÃO ARTÍSTICA – Orun
10h15 – MESA 5 – Território como meio e mensagem da comunicação posicionada
11h45 – SESSÃO OPORTUNIDADES – Pulitzer Center, com Jonatan Rodríguez
12h00 – Pausa para almoço
14h – OFICINA – Grana e afeto
14h – RODA DE CONVERSA – Educação Midiática: caminhos para combater a desinformação e o discurso de ódio
15h45 – INTERVENÇÃO ARTÍSTICA – Manifesto Cultura Popular
16h – MESA 4: Jornalismo de causas e o tripé do poder: Política, Economia e Justiça
17h30 – ENCERRAMENTO
18h – INTERVENÇÃO ARTÍSTICA – Som na Rural com Mãe Beth de Oxum e Rayssa Dias
ATIVIDADES: DESCRIÇÕES E PAINELISTAS
QUINTA (21/09)
19h00 – MESA DE ABERTURA – Notícias de uma poética preta e periférica: uma homenagem a Miró da Muribeca
Um passeio pela poesia-crônica de Miró, o universo criativo e também afetivo de sua influência sobre outros e outras artistas e o diálogo da sua obra com o jornalismo de causas. Artistas, amigos e amigas vão homenagear o poeta falecido em 2022, começando com uma intervenção artística de Isaar, que se junta a Odailta Alves, Flávio Valdevino e dona Rosa para um bate papo com mediação do jornalista Pedro Lins.
SEXTA (22/09)
10h15 – MESA 1: Comunicação e ancestralidade: memória e linguagem para a transformação
Qual o papel do jornalismo em conectar o passado ao presente? Povos originários e tradicionais contam como memória e subjetividades moldam as narrativas do agora, numa tessitura de temporalidades que compõem os textos noticiosos e ficcionais.
Participantes:
Mãe Beth de Oxum, Iyalorixá do Ilê Axé Oxum Karê, mestra coquista e Patrimônio Vivo de Pernambuco
Marcos Wesley, co-fundador do Tapajós de Fato, iniciativa de comunicação popular do Baixo Amazonas e Tapajós
Géssica Amorim, jornalista, fotógrafa e fundadora do Acauã, coletivo de jornalismo que atua no sertão e agreste de Pernambuco
Mediação: Rosenildo Ferreira, jornalista e fundador do portal de notícias 1 Papo Reto
14h00 – OFICINA 1: Histórias visuais: a comunicação em movimento
Ciberativismo, vídeo, áudio, novos formatos vindos das redes sociais, essa oficina vai trazer exemplos e atividades práticas de como podemos reportar e contar histórias de maneira visual.
Facilitadores:
Flora Rodrigues, comunicadora popular, poetisa marginal, ciberativista, coordenadora da Rede Tumulto
Lucas Daniel, integrante de Obirin Negra, coordenador pedagógico do Cruza Criativa e consultor de projetos ficcionais
14h – OFICINA 2: Jornalismo e outras formas de contar histórias
Como o jornalismo pode se utilizar da literatura, poesia falada, teatro e do slam para inovar em narrativas.
Facilitadores:
Akins Kintê, poeta e educador na Fábrica de Cultura de Diadema
Bell Puã, poeta, cantora, compositora, atriz pernambucana, mestre em História
15h – MESA 2: Incidências climáticas: meio ambiente e direito à vida em pauta
Com 85% da população brasileira vivendo em áreas urbanas, a cobertura da crise e das mudanças climáticas precisa tratar, além dos biomas, da questão ambiental nos centros urbanos, que, inegavelmente, afeta a vida das pessoas e configura as formas de garantia do direito à cidade.
Participantes:
Takumã Kuikuro, cineasta, membro do povo indígena Kuikuro e idealizador do 1º Festival de Cinema e Cultura Indígena
Karla Mendes, repórter investigativa da Mongabay e bolsista do Pulitzer Center
André Fidélis, comunicador, educador, co-fundador do Força Tururu, coletivo de midiativismo de favela
Mediação: Pedro Borges, jornalista e co-fundador do Alma Preta Jornalismo
17h45 – Questões identitárias ou estruturais? O que pode o jornalismo de causas
O jornalismo de causas não é uma modalidade específica da atividade noticiosa, posicionado no campo das chamadas questões identitárias (raça, gênero, classe, território), mas incide em assuntos de interesse coletivo e universal, com inegável papel na visibilidade de temas estruturais da sociedade. A conversa proposta irá se debruçar sobre o assunto, trazendo perspectivas mais abrangentes que vêm despertando o debate público.
Participantes:
Ana Flor Fernandes, educadora, mestranda em Educação, pesquisadora de gênero, sexualidade e política
Raquel Kariri é pertencente ao povo Kariú Kariri, jornalista, fundadora da Escola Livre de Ancestralidades Kariri e colunista do portal Afoitas
Cristian Góes, jornalista, doutor em Comunicação e Sociabilidade e coordenador na Mangue Jornalismo
Mediação: Rosane Borges, doutora em ciência da comunicação pela ECA-USP
SÁBADO (23/09)
10h15 – MESA: Território como meio e mensagem da comunicação posicionada
No jornalismo hegemônico, o jornalista sai da redação e vai até o território reportar fatos. Mas e quando o jornalismo nasce no território e é reportado por quem vive e está nele envolvido? Comunicadores e pesquisadores contam seus desafios e delícias de comunicar seus próprios territórios.
Participantes:
Gilmara Santos, Iyàlorisá, ativista social, historiadora, membra da Rede de Mulheres de Terreiro da Bahia e diretora e apresentadora do Programa Voz do Axé
Bia Pankararu, indígena do Povo Pankararu, reside na Aldeia Agreste, onde é liderança local, e produtora cultural e audiovisual
Edson Fly, educador popular, jornalista, ator e idealizador fundador do Núcleo de Comunicação Caranguejo Uçá
Mediação: Giovanna Carneiro, jornalista, colaboradora do Afoitas e repórter multimídia da Marco Zero Conteúdo
14h – OFICINA 3: Grana e Afeto
As relações financeiras que estabelecemos enquanto indivíduos e coletivos podem ser determinantes na reprodução de um sistema desigual ou na luta contra o mesmo. Falar de dinheiro, planejar e buscar recursos é fundamental para cuidar e fortalecer existências completas e com direitos respeitados.
Facilitadoras:
Bruna Gonçalves, percussionista, diretora financeira em blocos de carnaval e coordenadora do administrativo e financeiro da Énois.
Simone Cunha, jornalista, consultora de captação para o jornalismo e diretora de Sustentabilidade da Énois
14h – RODA DE CONVERSA 2: Educação Midiática: caminhos para combater a desinformação e o discurso de ódio
A manutenção da democracia depende também de uma sociedade bem informada e capaz de conter discursos de ódio. Muitos são os caminhos apontados para isso: educação midiática, checagem de fatos, regulação de plataformas, etc. Mas é preciso mais. É preciso que os cidadãos sejam capazes de participar de maneira crítica do ambiente informacional e midiático nos seus mais diversos formatos. Nessa roda de conversa vamos trazer reflexões também de como a solução passa pelo letramento racial, de gênero, sexualidade e outros marcadores sociais para construção de empatia.
Participantes:
Ariel Bentes, jornalista e co-fundadora da Abaré – Escola de Jornalismo, coletivo de educação midiática de Manaus
Ana Veloso, jornalista, professora da Universidade Federal do Pernambuco e coordenadora da Rede Brasileira de Jornalistas e Comunicadoras com Visão de Gênero e Raça
Catarina de Angola, jornalista com experiência em comunicação popular e comunitária, fundadora da Angola Comunicação, agência de processos criativos e de mobilização
Mediadora: Martihene Oliveira, jornalista, idealizadora do Coletivo Sargento Perifa, atua no Mapa da Mídia Independente e Popular de Pernambuco
16h – MESA 4: Jornalismo de causas e o tripé do poder: Política, Economia e Justiça
Como as decisões do STF sobre descriminalização da maconha chegam para o jovem negro de quebrada? Que relevância tem o sobe e desce da bolsa de valores para um trabalhador que ganha um salário mínimo? Como a classe trabalhadora consome informações de política? Vamos discutir de que maneira o jornalismo de causas pode aproximar o tripé do poder do cotidiano das pessoas.
Participantes:
Flavia Lima, secretária-assistente de Redação para Diversidade da Folha de S.Paulo e coordenadora do programa de treinamento voltado para profissionais negros do jornal
Fabiana Moraes, professora da Universidade Federal de Pernambuco e pesquisadora de hierarquização social e da relação entre jornalismo e subjetividade
Thula Pires, professora de Direito Constitucional da PUC-Rio, professora visitante no African Gender Institute (University of Cape Town), associada da ONG Criola e integrante da Assembleia Geral da Anistia Internacional no Brasil
Mediadora: Jéssica Santos, jornalista e editora de relacionamento da Ponte Jornalismo
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REALIZAÇÃO
Instituto FALA!
APOIO
Pulitzer Center, Repórter Sem Fronteiras, Escola de Ativismo e Énois Conteúdo
PRODUÇÃO EXECUTIVA
Aqualtune Produções