A perspectiva popular, pautada na diversidade, na pluralidade de vozes, suas origens e experiências, ainda é considerada apenas um nicho nos principais encontros de jornalistas brasileiros. Eventos de grande porte não debatem as pautas sociais e a defesa de direitos como temas transversais a todas as outras questões.
Queremos um encontro de jornalistas e comunicadores populares que busque caminhos para romper com as fronteiras conceituais e narrativas do jornalismo tradicional. Que dialogue com iniciativas da cultura e da comunicação populares como possibilidades informativas. Que ouse arriscar nos formatos, com propostas que acolham slam, hip hop, repente, teatro documental como alternativas possíveis para fazer os conteúdos jornalísticos reverberam no público em geral.
Também queremos um festival que aborde os temas urgentes do jornalismo e da comunicação popular. Proteção dos jornalistas, capacitação, busca de alternativas de financiamento. Que seja capaz de fomentar redes de fortalecimento do nosso trabalho.
OBJETIVOS
Propor o debate sobre o futuro do jornalismo e seu papel na comunicação da sociedade brasileira justamente a partir da perspectiva popular e das causas, tendo a diversidade cultural e de saberes como premissa para abordar todos os temas.
Ao levantar as questões acima mencionadas, o Festival FALA! pretende discutir como a potencialidade de linguagens presentes no cotidiano pode melhorar a comunicação e deixá-la mais diversa. Precisamos entender que jornalismo não é só texto e trazer para a discussão as diferentes linguagens do cotidiano, como slam, cordel, literatura, teatro, música, modos off-line (carros de som), entre outras linguagens pouco aproveitadas para informar notícias no jornalismo contemporâneo.
Trazer a diversidade cultural e experiências de territórios presentes no país, e internacionais, para o centro do debate e discutir como esses saberes podem ser usados para melhorar a comunicação entre grupos e como podem ser aproveitados como comunicação dentro do jornalismo.
Contribuir e fortalecer a rede de comunicadores populares e jornalistas no território brasileiro e demais países da América Latina.
PÚBLICO
Jornalistas, estudantes de jornalismo, comunicadores populares, professores, gestores de comunicação de órgãos públicos e privados, representantes do poder público e do judiciário e o público em geral interessado no tema da democratização do jornalismo e da comunicação.